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08/03/2016 - 05:00

MRV vai elevar lançamentos em cidades maiores.

A MRV Engenharia vai elevar seu volume de lançamentos nas capitais e cidades mais populosas, neste ano, na busca de manter e, eventualmente, aumentar suas vendas em relação a 2015, segundo o co-presidente da companhia, Rafael Menin. Na cidade de São Paulo, maior mercado imobiliário do país, está previsto pela empresa o início de lançamento de projeto a ser desenvolvido em várias fases, com Valor Geral de Vendas (VGV) que soma R$ 1,6 bilhão.

 

No ano passado, a MRV lançou R$ 4,7 bilhões, valor 8,1% superior ao de 2014. As vendas líquidas da incorporadora caíram 15,4%, para R$ 3,856 bilhões. As vendas brutas tiveram queda de 8,5%, para R$ 5,496 bilhões, enquanto os distratos cresceram 13,3%, para R$ 1,64 bilhão. A MRV comercializa imóveis no formato de venda simultânea (SICAQ/SAC), em que os compradores precisam ser aprovados pelos bancos na assinatura dos contratos. Isso contribui para acelerar o repasse dos recebíveis dos clientes e, consequentemente, para a geração de caixa pela companhia, de acordo com Menin. A incorporadora gerou caixa de R$ 247 milhões no quarto trimestre e registrou, no acumulado de 2015, seu valor recorde do indicador, de R$ 806 milhões.

 

A geração de caixa contribuiu para a redução do endividamento. A MRV encerrou o ano com dívida líquida de R$ 525 milhões. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido era de 10,4% em dezembro, ante 15,3% em setembro e 24,2% um ano antes. "Esperamos obter uma razoável geração de caixa, neste ano, em linha com a de 2015. Temos geração de caixa à medida que vendermos bem", diz o co-presidente da MRV. A companhia espera gerar caixa ainda que projete R$ 300 milhões em aquisições de terrenos, ante os R$ 280 milhões do ano passado. As áreas têm sido compradas metade em dinheiro e metade em permuta. A incorporadora é a principal operadora do programa Minha Casa, Minha Vida, com projetos nas faixas 2 e 3

 

No acumulado de 2015, a companhia teve lucro líquido de R$ 548 milhões, 24% menor do que o de um ano antes. A redução resultou, de acordo com o executivo, de efeito positivo não recorrente de ajuste das propriedades da controlada Log Commercial Properties ocorrido em 2014. A receita líquida da MRV cresceu 13,8% no ano, para R$ 4,763 bilhões. "Produzimos mais e vendemos imóveis por valor um pouco mais caro, em linha com a inflação", diz Menin.

 

A margem bruta subiu de 28,3% em 2014 para 30,2% no ano passado. "Há espaço para evolução marginal da margem bruta ao longo dos trimestres", afirma o co-presidente da MRV. Neste cenário de menor produção imobiliária e de retração da atividade econômica, a MRV, assim como outras empresas do setor, tem conseguido melhores negociações com fornecedores. No quarto trimestre, a MRV registrou lucro líquido de R$ 140 milhões, o que representa expansão de 36% ante o mesmo período do ano passado. A receita líquida aumentou 7,2%, para R$ 1,2 bilhão. A margem bruta passou de 30,3% no quarto trimestre de 2014 para 31,1% no intervalo de outubro a dezembro. A geração de caixa medida pelo Ebitda aumentou 22,1%, para R$ 174 milhões.

 

O lucro obtido pela MRV no quarto trimestre de 2015 ficou 12,9% acima da média das estimativas do BTG Pactual, Credit Suisse, Itaú BBA, JP Morgan e da Votorantim Corretora, que era de R$ 124 milhões. A receita líquida do período foi 4,6% superior à média das projeções, que era de R$ 1,155 bilhão.

 

A incorporadora é a principal operadora do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, com projetos nas faixas 2 e 3. Os recursos dessas faixas são originados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Fonte:
http://www.valor.com.br